Alcione de Jesus, de 56 anos, é militar do Exército e monitor de uma escola militarizada em Florianópolis, capital de Santa Catarina. Ele é investigado há duas semanas por abusos sexuais cometidos contra uma aluna. A mãe da aluna declarou à imprensa que tem medo de levar a filha à escola e queixou-se das mudanças no método de ensino e dos “homens” que estão “ali dentro”.
A primeira queixa ocorreu em 14 de setembro e foi feita pela mãe da aluna, que tem 12 anos. Ela teria dito em casa que era recebida com “beijos e abraços” pelo “capitão”, alcunha pela qual o militar era chamado no ambiente escolar. Ele teria acariciado a estudante nas coxas e nos seios algumas vezes até que ela tomasse coragem de denunciar à coordenação. Como resposta, teria ouvido da coordenadora insinuações de que estaria “gostando” do abuso. A pré-adolescente ligou para a mãe e pediu para ir para casa.
A aluna, e filha, denunciou o monitor à Polícia Civil por estupro de vulnerável e importunação sexual e a partir dela, outras três denúncias teriam sido feitas contra o militar e outras denúncias foram se somando às primeiras. De acordo com reportagem do UOL, ele teria cometido abusos contra 12 meninas.
Outras quatro vítimas fizeram boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente e ao Idoso (DPCAMI). Procurados pela imprensa, o acusado e a escola Ildefonso Linhares não estiveram disponíveis para oferecer suas versões dos fatos.
As meninas que denunciaram abusos têm entre 12 e 14 anos. Além disso, o Sinte-Florianópolis (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública) informou a imprensa que tem recebido relatos de professores com medo de serem punidos ao se posicionarem sobre o caso. Mães e pais ainda disseram que após a entrada do novo modelo passaram a ter menos acesso ao dia a dia escolar.
*Com informações do UOL